Kruger – a maior reserva animal da África do Sul

Safári por Malu

Hoje o relato é de uma viagem que deixou marcas profundas na memória. Estive no meu primeiro safári, na África do Sul, um dos 54 países do continente Africano, em 2018, depois de dois anos juntando grana para chegar lá! As linhas que hoje te escrevo JAMAIS seriam suficientes para resumir a grandeza deste país, mas tentarei te contar um pouquinho da minha experiência com a forte esperança de que possa ser útil e inspirador. Confesso que, para mim, as savanas sempre moraram no campo do impossível. Nunca achei que poderia viver esse momento, ainda mais em lua de mel! Sim, isso mesmo, estive por lá logo após meu casório e foi emoção do início ao fim! Simbora?!

Waka Waka! 😉

A região do Parque Nacional Kruger – que é a maior reserva animal do país – foi o local escolhido para a realização deste sonho. Não custa te lembrar: não para de sonhar, porque uma hora a gente consegue!
É importante te dizer, também, que existem outras reservas pelo continente com muitas opções de passeios, tá? Escolhi esta porque após a estadia no parque eu optei por visitar a Cidade do Cabo 🙂

Para começar a entender direitinho a área desse parque, sugiro que você clique aqui para abrir o mapa e observar a grandeza deste lugar. É gigante! Chegar lá deu um trabalhinho, mas valeu cada horinha de viagem. Saí de Recife com destino a Guarulhos e, após demorada escala, segui em voo para Joanesburgo, capital financeira do país. Na chegada ao país precisei pegar mais um voo interno (1 hr de voo) com destino ao aeroporto de Hoedspruit – até hoje não sei como se pronuncia isso direito – que é o mais próximo do Kruger e fica a aproximadamente 420 km da capital. Todo o percurso, apesar de cansativo, foi muito tranquilo. Chegando lá, já tive uma surpresa muito legal, é que o veículo de translado até o hotel era um daqueles jipes 4×4 abertos e grandões que a gente só vê em documentário. 😛 Os bichinhos tão aguardados já começaram a aparecer pelo caminho e o coração quase saía pela boca. Essa emoção tá guardadinha demais, os olhos brilhavam!

Safári

Uma vez que você está dentro da reserva, é provável que seu dia e noite sejam monotemáticos: explorar as áreas da reserva em busca de paisagens maravilhosas e lindos animais vivendo em seu habitat natural. Tem coisa melhor?! hahaha Tem não!! Nos dias em que fiquei hospedada consegui fazer, pelo menos, seis saídas exploratórias. O gostinho foi de quero mais, viu? Não enjoei nadinha!

Normalmente, ao entardecer, há uma parada para admirar o pôr do sol belíssimo. Este momento pode ser, por exemplo, deliciosamente regado a pipoca, biscoitos, chá, café, sucos, refrigerantes ou vinhos, a variação da oferta vai depender do hotel ou camping que você fica. A economia antes da viagem me permitiu investir em um local que tinha mais estrutura e atrativos. Fiquei hospedada no Kapama River Lodge e eu nem acreditei que estava lá, sério! Eu ficava andando pelo lugar com sorriso de canto a canto e explorando cada centímetro da área. Foi realmente um sonho se realizando!

E quanto custa um safári?

Imagino que você está se perguntando qual o custo desse sonho e eu já te respondo que seu orçamento é, e sempre será, definido pelo seu estilo de viagem. Existem sites, como o Quanto Custa Viajar, que apresentam valores médios de gastos para diversos destinos. A proposta é muito boa e acho super válido você verificar nele, com antecedência, o que faz sentido para você, dentro do seu gosto e do seu bolso. No caso dos safáris o preço pode variar bastante. De forma global e resumida, custam, em média, entre USD 1000 e USD 3500 para períodos de 7 a 10 dias. Claro que existem opções bem mais caras de turismo de luxo, como também existem alternativas acessíveis em campings e hotéis mais simples. Eu optei por um hotel confortável porque estava em lua de mel, mas para compensar esse aumento nos gastos, tive que reduzir os dias de permanência. Cada escolha uma renúncia, né?! C’est la vie!
Além do custo de permanência no Parque, as passagens aéreas também têm um custo relativamente alto para este destino. O grande problema é que a oferta de voos saindo do Brasil se concentra em São Paulo, o que acaba deixando a viagem mais cara para o restante dos estados brasileiros. De qualquer forma, as promoções costumam aparecer e é sempre bom ficar de olho! Em uma outra oportunidade de viajar para lá, gostaria de ficar em um camping. Não que eu não tenha gostado do hotel, de forma alguma, porque é realmente sensacional, mas porque eu acho que, se não fosse a ocasião especial, eu curtiria muito mais dormir nos campings e fazer uma fogueira sob o luar.

Explorando a Savana

Fizemos, pelo menos, seis saídas exploratórias, sendo partes durante o dia e partes durante a noite – neste caso é utilizado um holofote e rádios para comunicação o tempo todo, já que é mais difícil localizar as manadas ou um animal específico. Os rangers sempre fornecem informações sobre os animais, as aves e seus costumes. Fazem também parada para apreciar o amanhecer e buscam com afinco encontrar animais ainda não vistos pelos turistas. O famoso Big Five, que são os cinco mamíferos de grande porte mais difíceis de encontrar/caçar: leão, leopardo, rinoceronte, búfalo e elefante são a principal busca dos desbravadores. Eu não consegui ver o leopardo, dizem que dentre os cinco ele é o mais difícil por causa da sua velocidade.

Fora os passeios para explorar a savana, o restante do seu dia provavelmente será de relax, porque não existem outras grandes atrações a serem vistas, salvo alguns locais de preservação de animais, que eu sugiro fortemente que você pesquise bem se é um local idôneo e que realmente cuida dos bichinhos com segurança e não como exploração para fotos. Eu caí no conto do guia que comentou que existia um local de preservação de elefantes nas proximidades do hotel. Chegando lá, quando nos aproximamos dos elefantes, percebemos que não pareciam viver de forma confortável em seu habitat natural. Fiquei arrasada demais! A única coisa boa foi conseguir “brincar” com os javalis que viviam livres, leves e soltos por lá, o inesquecível Pumba do Rei Leão e sua cara de brabo. 😛

O que também é possível fazer são massagens em alguns spas que os hotéis disponibilizam, alguns são dentro das instalações principais e outros são em espaços mais isolados e beeeem calmos no meio da selva. A experiência foi bem legal e relaxante, além do lugar ser lindo. Ah, no caminho para chegar até lá também passa por bichinhos lindos.

O que levar para o Safári?

Antes de viajar eu cheguei a consultar a agência Be Happy Viagens para saber o que era ideal levar, e aqui estão as dicas que eles nos deram:

Roupas de tons camufláveis e suaves como o verde, bege, cáqui, branco e marrom. Aqui serve de segurança para você e de conforto para os animais que podem não curtir cores fortes. Não é que seja proibido, tá? É apenas uma recomendação
Casaquinho leve (normalmente nos carros oferecem cobertores)
Botas ou tênis que sejam confortáveis (não fizemos caminhadas, mas ajuda na subida/descida dos veículos)
Calças/shorts confortáveis
Chapéu/boné é uma boa também, mas com cuidado para não voar.
Filtro Solar
Protetor Labial
Óculos de Sol
Repelente
Lenço umedecido é sempre bom também!
Binóculos também são recomendados, mas eu não levei e não vi no carro ninguém com eles.

No geral esses são os itens básicos que você precisa levar. É possível perceber pelas fotos deste post que eu estou usando roupas frescas e deu tudo certo, não passei frio ou calor.

Visto e Vacina

Para entrar na África do Sul, se você não vai ficar por mais do que 90 (noventa) dias, não precisa de solicitação de visto, basta que você apresente o seu passaporte na chegada com pelo menos duas folhinhas em branco para a carimbada 🙂
Sobre a vacina, é exigido comprovante de vacina contra febre amarela, tá? É importante tomar com uma boa antecedência da viagem porque após a imunização você vai precisar entrar em contato com a ANVISA para gerar o certificado internacional, que agora exige que você tenha cadastro no portal único gov.br.
Para mais informações, você também pode acessar o site da embaixada da África do Sul.

Dicas importantes!

❤ Embaixada Brasileira na África do Sul
Hillcrest Office Park – Woodpecker Place, First Floor
177 Dyer Road, Hillcrest
Pretória, GA 0083 Tel.: (2712)366-5200

❤ A temida voltagem, para que você possa usar seus eletrônicos sem medo, varia de 220 a 230 V. As tomadas têm 3 pinos, mas as de 2 pinos também são usados. Normalmente os hotéis oferecem adaptadores, mas é sempre bom já levar o seu!

❤ A moeda utilizada é o Rand Sul-Africano. A letra “R” é a representação e o símbolo internacional é ZAR.

❤ Na África do Sul, apesar de possuírem ONZE idiomas oficiais, o Inglês é o idioma principal e é largamente falado pela população.

❤ Por último, mas não menos importante, acho super válido você dar uma lida nesta página do governo brasileiro com orientações sobre a saúde do viajante: http://www.portalconsular.itamaraty.gov.br/antes-de-viajar/saude-do-viajante